segunda-feira, 30 de julho de 2007

OS DEZ MANDAMENTOS PARA UM CHEFE DESTRUIR A EMPRESA

Apresento a seguir dez mandamentos importantíssimos para um chefe destruir a empresa sem fazer força:

1ª LEI – A CENTRAL DE CENTRALIZAÇÃO Você é um chefe e está atrás desta mesa enorme não é à toa. Você tem que ficar sentado aí o dia inteiro. Os outros é que devem vir até você... Arme-se logo contra os espertinhos independentes... Crie a Central de Centralização, ou seja, a sua própria mesa. Tudo deve passar por você. Não deixe nada de fora. Afinal, essa é a sua função. Crie o “Você Decide” na sua empresa, onde todos têm que ligar para o seu número telefônico e pedir autorização. Não deixe escapar nada, nem mesmo se algum funcionário deve receber vale-transporte para ônibus, metrô ou bicicleta. Controle tudo.


2ª LEI – A INTELIGÊNCIA BURRA Valoriza sempre os funcionários "puxa-saco”. Aqueles que fazem tudo aquilo que você manda, do jeito que você manda. Bom funcionário é aquele que faz exatamente o que
você quer.





3ª LEI – A COMUNICAÇÃO A comunicação é sua fonte de poder e de mais ninguém. Um chefe sabe muito bem que quanto mais explicar como funcionam as coisas, menos os funcionários entenderão. Quanto mais se explica, mais desconfiados eles ficarão, mais facilmente sabotarão as suas idéias, mais rapidamente darão risadas pelas suas costas. Ora, você é um excelente chefe, então por que tolerar isso? Os seus funcionários não têm e nunca vão ter capacidade para entender os detalhes técnicos ou gerenciais. Isto vale dizer que quanto menos você se expor e menos falar, mais eles vão trabalhar e produzir.

4ª LEI – O CLIENTE EM PENÚLTIMO LUGAR “Cliente tem sempre razão”
desde que concorde com suas idéias. Adote esse pensamento. Essa história de ficar preocupado com aquilo que o cliente deseja é pura tolice. O cliente nunca sabe o que quer, sempre causa transtorno, reclama de tudo sem razão alguma, cria sempre problemas de toda ordem. Portanto, em vez de gastar tempo e dinheiro procurando saber o que ele deseja, faça aquilo que for mais interessante para a sua administração. O cliente não entende do seu negócio. É um leigo. Não sabe nada de Gestão e só dá opinião errada. Você tem sempre razão e uma desculpa pronta para dar em diversos idiomas.

5ª LEI – O FUNCIONÁRIO EM ÚLTIMO LUGAR Um chefe que se preze tem a obrigação de valorizar o funcionário. Depois, é claro, de ter valorizado todo o resto. Colocar o funcionário como prioridade só traz despesas extras. O importante são os processos. Os funcionários têm que se adaptar a sua realidade. Não se preocupe em formar equipes ou times competentes e comprometidos com a sua empresa. Ninguém dura para sempre.

6ª LEI – CRIATIVIDADE Para uma empresa funcionar cada vez
melhor e produzir cada vez mais, o chefe deve investir em criar atividades. Criar cada vez mais atividades para seus funcionários, a fim de não deixá-los um minuto sequer ociosos. Faça-os controlar o consumo de clips, canetas, borracha, lápis, papel, envelopes e xerox no setor. Exija um relatório mensal dos produtos consumidos e um “Business Plan” anual de consumo. Com essas tarefas sendo criadas, você verá a produtividade aumentar estrondosamente.

7ª LEI – SOLUÇÃO DE CONFLITOS Conflitos sempre existirão. Então por que perder tempo para resolvê-los? Os conflitos devem ser ignorados. Um bom chefe não pode perder tempo, produtividade e dinheiro com pequenos detalhes. Afinal, em cada conflito os funcionários sempre passam a defender um dos lados e transformam um desentendimento sem importância em uma comoção descontrolada. E além disso, os conflitos sempre criam fofocas e boatos que facilitam as condições e os relacionamentos de trabalho. Quando os conflitos aparecerem, faça de conta que eles não existem. Seu tempo é precioso demais para isso.


8ª LEI – POLÍTICA SALARIAL Mostre aos seus funcionários o custo total de despesas com pessoal. Comece a reformular a política salarial da sua empresa: corte os vale-transporte – caminhar faz bem à saúde. Essa decisão é importantíssima. Contenção de despesas começa com os salários e benefícios. Não esqueça de mostrar o quanto a empresa gasta com contribuições para o governo. E se algum funcionário engraçadinho pedir aumento de salário, demita-o.

9ª LEI – MOSTRAR RESPEITO Cada pessoa que trabalha para você é um indivíduo. Por isso eles não precisam de elogios, precisam de críticas para trabalhar mais e mais. As pessoas gostam de ouvir que elas não estão trabalhando direito, isso incentiva mais o trabalho. Critique tudo e todos.

10ª LEI – AUTORIDADE Os funcionários precisam de certa autoridade para realizar o seu trabalho. Eles precisam saber que é você que manda. Crie um clima de tensão. Assim eles vão trabalhar mais e não vão ficar passeando pelos corredores ou setores vizinhos. Se você pegar algum funcionário fora do seu setor de trabalho, dê uma suspensão de 10 dias. Sua autoridade é poder.





Se seu chefe se encaixou em algum desses mandamentos é hora de começar a pensar em mudar de emprego. Lembre-se: é com o chefe que as pessoas convivem no dia-a-dia. Chefes que sabem liderar pessoas são peças importantíssimas para um ambiente de trabalho estimulante, saudável e criativo. Ao contrário, chefes despreparados para lidar com pessoas perdem em produtividade, criatividade e, conseqüentemente, em resultados. É o chefe que orienta as pessoas, ou, desorienta. É o chefe que as ajuda a crescer ou a estagnar. O chefe tem o poder de melhorar, ou piorar, sensivelmente, a vida de seus subordinados. Depende dele, em grande parte, os aumentos, promoções, oportunidades e o avanço profissional de todos os que a ele se reportam. Se o chefe souber lidar com as pessoas, for competente, orientar e aproveitar o que elas têm de melhor, for líder e justo, os subordinados vão gostar cada vez mais da empresa. Mas, se o chefe for autoritário, desmotivador, não souber estimular e se não tiver as qualidades profissionais e humanas básicas, as pessoas vão deixar a empresa na primeira oportunidade.



Por fim, algo que faz toda a diferença: um bom chefe é a alma do negócio, pois ele define, inspira e impregna o ambiente de trabalho.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

ETIQUETA EMPRESÁRIAL II

Estilo e etiqueta na vida profissional
Quando se fala nas qualidades de um profissional estratégico, imediatamente associamos fatores como a especialidade em gente, resultado e mudanças, conhecimento técnico e boa experiência. Mas, nos últimos anos, as organizações têm exigido de seus profissionais um requisito adicional: uma boa imagem - traduzida por estilo pessoal marcante e boas maneiras. Comportar-se adequadamente na vida profissional, expressar suas ideias com clareza e saber evitar os "escorregões" sociais as temidas gafes são aspectos cada vez mais observados pelos empregadores e que vem ganhando peso nos processos seletivos. Recentemente, numa seleção para o cargo de gerente administrativo-financeiro, o currículo de um profissional destacava-se pela experiência e pelo conhecimento. No entanto, sua voz transmitia impressão de arrogância e prepotência. Essa imagem poderia causar sérios problemas de relacionamento com empregados e clientes e, consequentemente, prejuízos à empresa contratante. Um exemplo prático de como o estilo pessoal está diretamente associado à competitividade do profissional no ambiente de negócios.
É extremamente sério este assunto, pois os futuros candidatos não se preparam adequadamente, por simples falta de informação. Bem, aqui você vai ter sempre orientação e informação de comportamento e etiqueta empresarial.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Primeiro emprego está cada vez mais difícil

A saída é ter um diferencial
Fábio Almeida tem 20 anos e acaba de conquistar seu primeiro emprego. Desde o começo deste ano ele trabalha como atendente de loja na Magazine LUIZA. "Comecei como temporário no final do ano passado, trabalhei duro e fui efetivado em fevereiro, para atuar na nova filial ".
Fábio pode se considerar uma pessoa de sorte, já que são muitos os jovens que atualmente engrossam a fila do desemprego. "As chances para profissionais na faixa etária de 18 e 19 anos de conseguir uma colocação eram muito maiores há dois anos. Mas, diante da retração do mercado de trabalho, muitos profissionais só estão conseguindo o primeiro emprego aos 21 ou 22 anos". Não é raro encontrar candidatos com 25 anos que ainda não conseguiram um trabalho formal, com carteira assinada.

Mas por que conseguir o primeiro emprego está se tornando cada vez mais difícil?
Acontece por duas razões: a primeira delas é o desemprego, que acomete todas as áreas e níveis hierárquicos - mas, para quem está entrando no mercado, a situação torna-se ainda mais complicada. Já a segunda razão é as exigências de qualificação e experiência, que estão cada vez maiores. "Hoje em dia, o jovem precisa ser fluente em inglês e ainda ter um segundo idioma, que na maior parte dos casos é o espanhol. Além disso, as empresas querem um candidato que tenha se formado ou esteja saindo de uma faculdade de primeira linha - leia-se USP, FGV, PUC, Unesp, e outras de renome -, domínio de informática e experiência anterior".

Uma incoerência pedir experiência de um jovem que acaba de sair da faculdade e está começando a carreira?
Você pode se perguntar, apesar de estranha, a solicitação é mais comum do que se imagina, e ocorre com mais freqüência nas áreas Administrativa, Financeira e Contábil. "Muitas empresas contratam um estagiário mas na verdade querem uma mão-de-obra barata, por isso pedem a experiência". Ao invés de entrar na empresa para aprender e adquirir conhecimento, o estagiário acaba trabalhando tanto quanto qualquer profissional - mas ganhando muito menos e muitas vezes sem qualquer ligação formal com a empresa.

Qual é a saída?
Invista nas suas competências - não só as técnicas, mas principalmente as comportamentais. A dica vai primeiro para os pais: "O ideal seria que eles começassem a preparar os filhos desde cedo. Hoje em dia, uma criança de cinco, seis anos já sabe mexer no computador. Quem começa a usar a informática aos 15, 16 anos, por exemplo, já está defasado. Os pais sabem mais do que ninguém a importância dos valores na educação dos filhos. Asseio, pontualidade, ética, cidadania, são todos conceitos que se aprende em casa".


Mas e quem já está quase na idade adulta e quer ter seu diferencial no mercado?
Nesse caso, "Leia muito, vá a museus, conheça outras culturas e idiomas, aprenda a ser líder, empreendedor, criativo, seja flexível, saiba trabalhar em equipe, mantenha sempre uma postura ética, faça um trabalho voluntário". São pequenas atitudes e comportamentos que podem fazer a diferença entre você e outro candidato de um mesmo nível.
Diante desse cenário, tenho orientado os candidatos a ampliar sua qualificação, com a realização de cursos técnicos, de nível médio e superior, bem como cursos de línguas. "Também tenho orientado os profissionais que me procuram a respeito de cursinhos pré-vestibulares oferecidos para a população carente por algumas universidades, bem como na possibilidade de atuarem como voluntários em comunidades carentes, igrejas e associações de bairro, em troca de bolsas de estudo. Importante é ter um diferencial, ser curioso, ir em busca de conhecimento e correr atrás dos seus objetivos".
Mesmo para quem não fez faculdade e está em busca de emprego, ouço sempre a máxima "Não sei fazer nada" não é válida. Afirmo que você não precisa fazer só a coisa sofisticada, e com certeza há alguma atividade corporativa que você possa fazer. "Você sabe fazer café, sabe tirar xerox, sabe atender ao telefone. Por que não começar de baixo e aos poucos ir conquistando seu espaço na organização? Em muitas empresas, a moça do café faz mais falta que o diretor".

segunda-feira, 16 de julho de 2007

PROFISSÕES III

PROFISSÃO: ESTAGIÁRIO

O estágio contribui de várias formas para a formação do estudante, e esta fase da carreira profissional deve ser de experimentação. Enquanto está no Ensino Médio ou Superior, o estudante deve procurar trabalhar na área que deseja, para conhecer a rotina de trabalho e desenvolver-se. "Quando o estudante começa a estagiar, tem a oportunidade de vivenciar a profissão e ver se é aquilo que deseja para sua carreira".Depois dessa identificação do estágio com a carreira, o lado prático da rotina de trabalho passa a fazer sentido, aliada à teoria que o aluno recebe na faculdade. Além disso, uma vez na empresa, ele passa a ser treinado, instruído e pode usar isso como uma vitrine – podendo ser lembrado para novas oportunidades dentro e fora da instituição na qual se encontra.

O PAPEL DA EMPRESA
O contratante deve prover gestores e/ou tutores preparados para receber o estagiário e acompanhar suas atividades, porque muitas vezes aquele é o primeiro emprego do estudante e ele está lá para aprender. "O gestor é fundamental para que o estagiário tenha um primeiro contato positivo com o ambiente profissional". O supervisor direto deve preparar-se para desenvolver as habilidades do estudante, tirar o máximo dele. A própria empresa valoriza este tipo de profissional – aquele que sabe preparar os futuros colaboradores, ou seja, o capital intelectual da empresa. O estudante quer trabalhar em uma empresa conhecida, aprender muito e ser efetivado, o que implica em uma oportunidade de fazer carreira. Quando é efetivado, encara isso como um reconhecimento e muda até mesmo a forma como ele encara a empresa, pois as responsabilidades aumentam e, por conseqüência, o comprometimento. "O processo de efetivação é o degrau para o primeiro emprego".

DRIBLANDO A FALTA DE EXPERIÊNCIA
Por não conhecer o mercado, o aluno pode sentir insegurança e ter dúvidas com relação à realização de uma tarefa, mas isso deve ser encarado com naturalidade. No momento da insegurança, o melhor é mostrar-se pró-ativo e interessado. As competências comportamentais são analisadas, por isso é importante mostrar-se disposto a aprender e assumir que não sabe executar determinada atividade. "Esse é o tipo de pessoa que as empresas estão buscando. Aquele que fica acanhado, tímido e erra por não perguntar é descartado". Outra característica valorizada nos estagiários é o fato de não terem nenhum "vício de mercado" e, por isso, podem ser aculturados aos negócios da organização com mais facilidade. O estágio como porta de entrada para a carreira em grandes empresas. "Quando você está pleiteando uma vaga de estágio, está em busca de conhecimento e crescimento". O empresário tem que acreditar que existem muitas vantagens de se trabalhar com estudantes: "Manter o setor sempre atualizado, eles conseguem aplicar no trabalho coisas que estão aprendendo agora na faculdade. Nós aprendemos com eles! É uma troca de experiências". É importante desenvolver as competências do estagiário e prepará-lo profissionalmente, porque ele pode vir a ser efetivado e tornar-se parte do quadro da empresa. "Ele não pode virar mão-de-obra barata, nem ficar restrito a atividades operacionais. Pelo contrário, deve agregar valor à empresa também."

CONQUISTE SEU ESPAÇO
Para aqueles que estão em busca de uma oportunidade, dou algumas dicas simples:

1. Elabore um bom currículo: destaque os conhecimentos adquiridos na graduação e, caso tenha, incluir experiências anteriores.
2. Divulgue seu currículo!
3. Faça networking: converse com seus colegas que já fazem estágio para saber sobre novas vagas dentro das empresas em que trabalham. Conversem também com seus professores, eles podem indicar boas oportunidades.
4. Durante a entrevista, demonstre comprometimento, interesse e foco na sua carreira.
5. Cuidado essencial: quando for chamado para uma entrevista, procure vestir-se formalmente e evite o uso de gírias e jargões.


NOVA LEI A CAMINHO
Na última semana do mês de junho, foi aprovado na Câmara dos Deputados um projeto de lei que prevê 30 dias de férias anuais remuneradas para estagiários. Agora, as mudanças serão submetidas ao Senado Federal com o objetivo de revogar a lei nº6.494. Entre as novas regras está também a redução da jornada de oito para seis horas de trabalho - período que pode ser reduzido pela metade em época de provas. "A redução da carga horária é positiva. O estagiário vai ter mais tempo para estudar". Para os universitários de cursos em que o estágio não é obrigatório, as empresas terão de pagar bolsa mensal e vale-transporte – de acordo com a nova legislação. Por outro lado, as mudanças serão mais difíceis para os alunos do Ensino Médio, pois haverá uma grande diminuição do número de estagiários que podem ser contratados. Se a lei for aprovada, fica determinado que empresas com até cinco funcionários podem contratar um estagiário em nível médio e aquelas que têm de cinco a dez colaboradores, dois estagiários. Empresas maiores podem ter 20% de seu quadro formado por esses estudantes. Isso prejudicará os estudantes do Ensino Médio, que precisam estar matriculados para poder estagiar. "O jovem no Brasil deixa de estudar para trabalhar. O estágio dá a oportunidade de estudar e ter uma renda". Assim, essas alterações podem motivar ainda mais os alunos a trocar os estudos pelo emprego, agravando ainda mais o índice de desemprego entre pessoas de 16 a 24 anos.

* Naísa Modesto é jornalista.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Trabalho Infantil

Trabalho infantil gera lucro pra quem explora

Trabalho infantil gera lucro pra quem explora, pobreza pra quem é explorado, faz parte da cultura econômica brasileira e está diretamente ligado ao trabalho escravo. A quem incomoda a luta contra o trabalho infantil? Incomoda aos que se incomodam com a luta contra o trabalho escravo. Incomoda aos que se incomodam com a luta contra o trabalho degradante. O combate ao trabalho infantil incomoda a quem lucra com o trabalho infantil, a quem lucra com o trabalho escravo e a quem lucra com o trabalho degradante.
A quem incomoda a dignidade humana; a quem incomoda a beleza, a resistência, a sensualidade, a honestidade, a capacidade de organização do pobre; a quem incomodam a imagem bonita dos menos favorecidos? A quem incomoda a denúncia das injustiças da pobreza? Incomoda aos ricos e incomoda a uma parcela da classe média. Pra existir um rico quantos pobres tem que existir? Perguntou-me um dia um carvoeiro, cansado de trabalhar, desde criança.
Ataliba dos Santos estava cansado de não assinar a carteira, não estudar, cansado de mãos... E cansado de não ter respostas. Enquanto fotografava pensava a quem interessa o desequilíbrio social? No Brasil, o trabalho infantil não é conseqüência da pobreza, mas sim instrumento financiador dela. Empregar crianças significa lucro fácil. A exploração infantil gera o desemprego dos pais, trabalho escravo, crianças doentes, subnutridas, morando em precárias condições, prejudicadas na sua capacidade intelectual e no seu direito à educação, lesadas no seu direito ao lazer, ao carinho, à alegria; sem infância.
“A gente custa muito pra entender que nasceu pra ser peixe de engordar gato que engorda rico e, em casa, a gente fabrica com todo amor os próximos peixinhos. Pra fugir disso, botei todo mundo pra estudar, mas sinto um aperto no peito porque sei que o ensino é muito ruim. Filho de pobre, mesmo depois de estudar um, dois, quatro anos, continua analfabeto. “As palavras de José dos Santos, carvoeiro na região do serrado, em minas Gerais expressão a luta para mudar uma realidade.
José dos Santos está tentando romper uma corrente perversa que alimenta uma cadeia de trabalho degradante nas carvoarias brasileiras, assim como nos sisais, nas fazendas, nos canaviais, nas pedreiras e em vários setores do segmento rural que alimentam indústrias urbanas. O trabalhador que vive em trabalho degradante ou análogo a escravo, é, na sua imensa maioria, analfabeto, e foi explorado como trabalhador infantil. Aconteceu assim com seus pais e seus avós. O caminho normal é acontecer com os filhos e netos.
Infelizmente, ainda não existe no Brasil uma política social que faça a associação entre trabalho infantil e trabalho degradante, análogo a escravo ou escravo, de forma a romper esse círculo. A realidade é que o trabalhador escravo de hoje foi o trabalhador infantil de ontem. A realidade do trabalho nas carvoarias brasileiras merece uma análise diferenciada. Muitas vezes o trabalho não é considerado trabalho escravo, outras vezes sim.
Porém, sempre é um trabalho extremamente pesado e quase sempre, mesmo em casos de carteira assinada, um trabalho degradante. Acaba com a saúde do trabalhador. Muitas vezes, olhar uma carvoaria em pleno vapor é, do ponto de vista humanitário, algo inaceitável.
"Pense bem, quando você ver pela janela do seu carro, aquele garoto vendendo algo, ele pode estar sendo explorado!
Mas onde estão nossos governantes?"

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Repasse

Procure Qualidades em Vez de Defeitos
Nem sempre é possível escolher nosso chefe. É raro conseguir trabalhar para quem a gente quer. Em muitos casos, temos que trabalhar com quem não queremos. Gente de temperamento difícil, exigente demais ou implicante demais. Se você estiver nessa situação, experimente fazer o oposto. Em vez de formular uma lista dos defeitos do chefe, faça uma lista de suas qualidades. Se não conseguir fazer uma lista, tente encontrar pelo menos uma qualidade. Veja no que essa qualidade contribui com o seu trabalho e use isso como uma porta para abrir um novo canal de comunicação com ele. O empreendedor de carteira assinada não se apega às diferenças e divergências. Em vez disso, procura encontrar pontos em comum para se aproximar das pessoas e construir relações.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

EVITE AS GAFES

Etiqueta Empresarial

Aplique em sua vida pessoal, social e em sua carreira profissional, as dicas abaixo, retiradas do meu livro "Etiqueta Empresarial: Ser Bem Educado é...", o livrarão de muitas "saias justas" e farão com que você se mostre para as pessoas como alguém que pensa sempre antes de falar e, acima de tudo, procura escolher o comportamento correto para cada contexto:


1.Saiba guardar segredos. Seja mesmo um túmulo!
2.Avise sempre antes de visitar alguém, mesmo que a "passadinha" seja rápida.
3.Guarde discrição sobre relações amorosas; estas revelações só comprometem e prenunciam dissabores futuros.
4.Observe o sigilo das correspondências e telefonemas alheios, inclusive de parentes próximos e, principalmente, do cônjuge.
5.Elimine de vez o hábito de mascar chicletes, comportamento "sem classe" para todas as idades e circunstâncias.
6.Risque da sua vida o uso do palito de dentes. A higiene bucal deve ser feita no toalete.
7.Passe ao largo dos assuntos pessoais. Invasão de privacidade é sempre desrespeitosa.
8.Adote o palavreado limpo, abstendo-se da linguagem de baixo calão (palavrões). A falta de higiene verbal revela falta de higiene mental.
9.Ao bocejar, tossir e espirrar, faça-o discretamente, colocando a mão na frente da boca. Assoe o nariz também com a máxima discrição.
10.Tire os óculos escuros para conversar com as pessoas - o interlocutor deve ver os seus olhos.
11.Jamais ria dos outros - as pessoas nunca se esquecem de quem zombou delas...
12.Ao conversar, não fique olhando o relógio insistentemente, demonstrando estar com pressa, mesmo que esteja...
13.Bata na porta antes de entrar em qualquer aposento e ensine isso aos seus filhos, desde bem pequenos.
14.Saiba que empregada, namorado e marido das amigas não se roubam.
15.Apague o cigarro antes de entrar no elevador.
16.Conserve à distância mínima de 50 centímetros do interlocutor - este espaço é considerado "zona íntima".
17.Adote vestimenta discreta em funerais e missas de sétimo dia. Deixe os visuais produzidos para as festas.
18.Mantenha distância do doente que se encontra acamado. Visite e leve revistas atualizadas, mas não toque nele.
19.Só jogue lixo no local adequado. Caso não encontre uma lixeira, guarde o que tiver que ser jogado fora até encontrar uma.
20.Não assobie em público; é vulgar, sobretudo para as mulheres.
21.Não aponte coisas e nem pessoas com o dedo. Este comportamento considerado ofensivo em várias culturas.
22.Quando alguém espirrar, fique calado e não diga "Saúde!".
23.Mesmo sendo o médico responsável por uma UTI, saiba quando e onde não atender o
celular .


*Maria Aparecida Araujo é consultora em Comportamento Profissional, Etiqueta Social.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

TI - Tecnologia da Informação

Os problemas e as soluções para ter êxito nesse mercado em constante evolução
Em tempos de crise, desemprego, inadimplência e nosso governo abrindo o seu “saco de maldades”, ainda têm no setor de informática vagas bem remuneradas e falta de gente qualificada para ocupá-las e, por um outro lado, demissões em massa. Parece um paradoxo. Porém, é um fato concreto e por que não dizer sádico nos dias de hoje.
Mas que tipo de emprego sobra e onde estão as pessoas para ocupá-lo? Qual o motivo de, mesmo com falta de pessoal, acontecerem demissões nas empresas de Tecnologia da Informação - TI? Vamos às questões e suas soluções:


Questão 1: O fato de a informática possuir talvez a taxa mais alta de reciclagem e evolução. Desnecessário dizer que, no prazo de um ano, temos mudanças radicais e fantásticas, tanto do ponto de vista de máquinas como de programas. Portanto, estudar, formar-se e parar de aprimorar-se significa cair fora do mercado em um prazo máximo de dois anos.
Solução: Ler, estudar e aperfeiçoar-se o tempo todo. Mesmo que determinada tecnologia não seja utilizada por sua empresa hoje, amanhã, fatalmente, ela será e, se você não possuir o conhecimento, poderá ser dispensado e não conseguir outro trabalho que necessite desse conhecimento.

Questão 2: Nossos cursos superiores, em sua grande maioria, estão totalmente fora de sintonia com a realidade do mercado. Colocando de lado as faculdades puramente comerciais, mesmo as mais sérias padecem de currículos desatualizados, que não são suficientes para formar mão-de-obra pronta para o mercado. Isso ocorre, em parte, por culpa dessas instituições, e, em parte, por culpa de um sistema de fiscalização governamental, que coloca todo tipo de barreira burocrática para melhorar os conteúdos dos cursos.
Solução: Procurar cursos de extensão e certificação profissional ligado aos fabricantes das tecnologias.

Questão 3: Atualmente, muitas empresas de informática servem apenas para recrutar no mercado pessoas preparadas e explorá-las ao máximo, sem reciclar ou apoiar esses profissionais. Verdadeiros gigolôs seduzem pessoas com ofertas de "salários" altos e depois de algum tempo (lição 1) as descartam e saem à procura de outras mais sintonizadas.
Solução: Se sua empresa não investe em você, não espere, mexa-se! Procure outro lugar para trabalhar ou faça a sua parte correndo atrás de sua reciclagem e aperfeiçoamento. Lembre-se do dinamismo da área: dois anos parado é fatal para qualquer profissional de TI.


Questão 4: Os profissionais conhecem e dedicam-se apenas aos bits e bytes, deixando de lado noções de administração de empresas, economia básica, relações humanas e chegam até a não entender o negócio e a missão de seus empregados. Esse é um dos maiores problemas do pessoal de tecnologia. Existe uma tendência de quanto mais gabaritado o profissional, mais alienado ele é. O famoso "nerd" pode ser simpático e folclórico nas histórias, mas no mundo real ele é evitado e desprezado.
Solução: Procure conhecer a sua empresa, o que ela faz e como são seus negócios e seus valores. Nenhum profissional de Tecnologia da Informação poderá ajudar a sua empresa se não a conhecer profundamente. Leia jornais, informe-se sobre a economia, a política e a sociedade em que vive. No mundo globalizado, a informação é peça-chave e tudo está interligado. Sua profissão e seu emprego dependem disso. De nada adianta você ser um técnico capacitado e ignorar por completo o mundo à sua volta.

Finalmente, não seja uma pessoa reclusa.

É importante a concentração no horário de trabalho, porém, os relacionamentos com seus colegas e superiores muito vão ajudá-lo em sua carreira. Portanto, seja sociável e cultive amizades, dentro e fora de sua empresa e, principalmente, não feche portas. A área de TI é baseada em informação e pode ter certeza que nela tudo circula muito rápido. O seu desafeto de hoje pode perfeitamente ser o seu futuro colega ou chefe.