GESTOR AMBIENTAL
Há alguns anos, a preocupação com o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável deixou de ser exclusividade dos ecologistas e entrou definitivamente na pauta de questões prioritárias de governos e empresas. Naturalmente, cresceu a procura por profissionais especializados em planejamento e preservação dos recursos naturais e, com isso, abriu-se um promissor mercado de trabalho: o de especialistas em gestão ambiental ou gestor ambiental.
Esse profissional o é responsável pela definição da política de meio ambiente que a empresa ou instituição, pública ou privada, deve seguir. Entre as suas várias funções estão o planejamento e administração de programas de gerenciamento ambiental, a implantação de certificações, o controle de qualidade e a preservação ambiental.
O gestor ambiental tem três grandes mercados de trabalho para atuar: o primeiro é o poder público (governos federal, estadual e municipal), onde esse profissional poderá lidar com sistemas de licenciamento, gestão de recursos hídricos, proteção de mananciais, clima e biodiversidade, entre outros assuntos. As empresas de consultoria fazem parte do segundo campo de atuação, o gestor terá a oportunidade de realizar estudos ambientais para empresas, sistemas gestão para indústrias e auditorias para as mais diversas certificações ISO, especialmente a 14000, específica para o meio ambiente.Na terceira área de trabalho, estão as grandes empresas, públicas e privadas, que a cada dia necessitam de uma gestão ambiental mais eficaz.
O fato de companhias do porte da Petrobrás, Ford e Aracruz exigirem de seus fornecedores certificação de capacitação ISO 14000 nos processos de fabricação de seus produtos. Em qualquer uma das três opções de mercado de trabalho, a média de ganho mensal de um gestor ambiental está entre R$ 2 mil (iniciante) e R$ 6 mil.
Um pouco de história
O impulso definitivo para a profissão de gestor de meio ambiente deu-se no início da década de 1990, com as inúmeras ações ao redor do planeta em favor do desenvolvimento sustentável. Entre as mais importantes está o surgimento da série ISO 14000, certificação que prova que uma empresa é comprometida com a natureza e o desenvolvimento sustentável.
A partir de então, entraram em alta profissionais que pudessem ajudar as empresas a obterem essa certificação.É claro que, para se chegar à necessidade de uma certificação específica, houve um longo processo. Um recuo até o ano de 1972, para a conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo, capital da Suécia, mostra que já naquela época havia uma preocupação crescente com a exploração desenfreada imposta pelo homem ao meio ambiente, em sua procura incessante por recursos naturais, tão necessários para o progresso. Apesar da gradativa conscientização, um enorme susto ocorreu em 1986, quando o planeta foi surpreendido pela explosão de um reator nuclear da usina atômica de Chernobyl, na então União Soviética. Milhões de pessoas na Europa foram afetadas, durante anos, pela radiação jogada na atmosfera. No ano seguinte, a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, da ONU, publicou o relatório “Nosso Futuro Comum”. Nesse documento, a entidade criticava o modelo adotado pelos países desenvolvidos e defendia um novo tipo de desenvolvimento, que pudesse ser dividido entre países ricos e pobres. Surgia o conceito de desenvolvimento sustentável. Alguns anos mais tarde, em 1992, o Brasil foi sede do primeiro, e também um dos mais importantes, eventos de meio ambiente e desenvolvimento sustentável: a Rio 92, fórum mundial que reuniu representantes de mais de 170 países. No encontro, surgiram propostas e foram assinados documentos que serviram de norte para o assunto.
Mas a profissão de gestor existe?Por ser uma área relativamente nova, ainda há controvérsia até mesmo em relação à regulamentação da profissão de gestor ambiental. Oficialmente, a profissão não é regulamentada em empresas privadas, o que não quer dizer que não exista. Tanto que em alguns Estados, como o Paraná, profissionais da área estão mobilizando-se no sentido de criar associações que congreguem esses profissionais. Em compensação, em 2002 o Governo Federal aprovou, por meio da lei 10.410/2002, a profissão em alguns poucos órgãos públicos, como o Ministério do Meio Ambiente e o Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.Essa situação ainda não aclarada faz com que se discuta também qual órgão se encarregaria por defender os interesses dos gestores ambientais como classe.
Mas a profissão de gestor existe?Por ser uma área relativamente nova, ainda há controvérsia até mesmo em relação à regulamentação da profissão de gestor ambiental. Oficialmente, a profissão não é regulamentada em empresas privadas, o que não quer dizer que não exista. Tanto que em alguns Estados, como o Paraná, profissionais da área estão mobilizando-se no sentido de criar associações que congreguem esses profissionais. Em compensação, em 2002 o Governo Federal aprovou, por meio da lei 10.410/2002, a profissão em alguns poucos órgãos públicos, como o Ministério do Meio Ambiente e o Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.Essa situação ainda não aclarada faz com que se discuta também qual órgão se encarregaria por defender os interesses dos gestores ambientais como classe.
O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) e o Conselho Regional de Administração surgem como interessados. Como o currículo universitário não é padronizado, ambos poderão fazê-lo. Apesar da falta de regulamentação específica, o número de cursos técnicos, de graduação e pós-graduação vem crescendo bastante em todo o país, abrindo várias possibilidades para diversos profissionais, de diferentes áreas de atuação.
Graduação em gestão ambientalMesmo sem a regulamentação, é possível cursar a faculdade de Gestão Ambiental. Em São Paulo, a pioneira foi a Escola Superior de Agronomia Luís de Queiros (Esalq). Vinculada à Universidade de São Paulo e localizada em Piracicaba, a Esalq começou em 2004 sua terceira turma. A duração do curso é de quatro anos.
Graduação em gestão ambientalMesmo sem a regulamentação, é possível cursar a faculdade de Gestão Ambiental. Em São Paulo, a pioneira foi a Escola Superior de Agronomia Luís de Queiros (Esalq). Vinculada à Universidade de São Paulo e localizada em Piracicaba, a Esalq começou em 2004 sua terceira turma. A duração do curso é de quatro anos.
Os alunos formados em Gestão Ambiental estarão vinculados ao Conselho Regional de Administração, já que o curso tem uma formação básica em administração e especialização na área sócio-econômica, biológica e de manejo dos recursos naturais, O estudante recebe informações básicas sobre flora, fauna, conservação da natureza, sensoriamento remoto, ecologia, poluição dos solos, das águas e da atmosfera e o uso de recursos energéticos. Com isso, poderá elaborar e gerenciar projetos ambientais em empresas do setor privado, ONGs e órgãos públicos.O novo campus da Universidade de São Paulo, na zona leste da cidade, oferece o curso de Gestão Ambiental, mas com foco maior em Ciências Biológicas.
Onde estudar
Técnico - nível superior (dois anos)
Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU São Paulo, SPTel. (11) 5574-0949
nível superior
Esalq
Piracicaba, SP
Gestão Ambiental (quatro anos)Tel. (19) 3429-4158 / 3429-4328
São Marcos
São Paulo, SP
Tecnologia em Gestão Ambiental (dois anos)Tel. (11) 3471-5706 / 3471-5200
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